Inteligência Musical

A INTERVENÇÃO É FUNDAMENTAL

Como já foi mencionado no post Música em musicoterapia
a música é uma prática social. Assim é usada como uma marca de identidade,
ajudando a demarcar territórios culturais, identificando grupos e formas de vida.

CICLO DO DESENVOLVIMENTO MUSICAL

Após a 20ª semana de gestação, o feto responde a estímulos sonoros com
tons puros de alta freqüência (alteração do batimento cardíaco). Com um ano
de vida a criança já pode distinguir contrastes fonéticos.

Pode-se observar isso através dos batimentos cardíacos, todo os
movimentos das crianças, desde o nascimento, são acompanhados de
expressões sonoras. A originalidade do recém nascido é singular.

Crianças expostas a um ambiente auditivo e musicalmente rico durante os
primeiros meses de vida, desenvolvem-se mais rapidamente do que as que
não têm um ambiente favorável nesse particular.

Desde os três meses de vida certas crianças podem emitir um movimento
melódico com precisão. As aptidões musicais podem ser observadas já no

O contato da criança com o mundo desde seus primeiros momentos, de
vida é a base para o desenvolvimento de suas capacidades de percepção e o
alimento para a vida futura. As crianças cantam espontaneamente desde que
começam a experimentar com sua voz que são capazes de criar melodias
livremente. O canto é acessível à criança antes da palavra. A memória rítmica
(natureza motriz) e a memória do som (natureza sensorial e afetiva) precedem
normalmente a memória das palavras (natureza mental).

A primeira infância é apontada como a época mais indicada para a recepção
e devolução dos sons, dada a espontaneidade da resposta musical que
caracteriza a maior parte das crianças.

É impossível no momento apontar o que determina a adversidade no
desenvolvimento das aptidões musicais, pois tem origens muito variadas
estando ligadas a diferentes aspectos da individualidade. Se as disposições
inatas de uma criança não favorecem o desenvolvimento fácil e espontâneo de
uma de suas aptidões de base (senso tonal, representação auditiva e senso
músico rítmico), isso pode bloquear o desenvolvimento de outras aptidões. A
fraqueza ou incapacidade de representações auditivas impede e perturba muito
as tentativas de cantar. É importante descobrir os obstáculos.

MUSICOTERAPIA NA EDUCAÇÃO

O objetivo é somar com os educadores, pais e alunos a prática de
experiências musicais como coadjuvante no desenvolvimento educacional.

Porque utilizar ferramentas da musicoterapia na educação

Meus estudos, prática e pesquisas como Instrutora de Música e
Musicoterapeuta ao longo desses anos me ensinou como é importante e
também como o fazer musical é facilitador e re-organizador tanto a nível
pessoal como familiar e social.

Partindo do princípio que nosso cérebro funciona utilizando 3 sistemas de
cálculo: binário, ternário e quaternário e ainda que a música também possui
esse sistema, pode-se dizer que a música pode ser um caminho, um elo para a
utilização desses sistemas. Muitas pessoas desconhecem seus conflitos, suas
dificuldades e, principalmente a criança muitas vezes não sabe, não consegue
se expressar. A expressão não verbal que a música oferece para a elaboração
desses conflitos é fundamental.

A musicalidade como um tipo de inteligência, pode ser usada como rota
secundária, isto é, pode ajudar no desenvolvimento de uma outra inteligência, como a matemática, a linguística, ou a espacial, entre outras.

O que corrobora o uso da música em musicoterapia na educação

Considerando o ser humano, um ser todo (bio-psico-social), e que a música influencia em todas essas áreas, passando pelo processo de musicoterapia as experiências musicais promovem mudanças que podem ser generalizadas para as áreas musicais ou ainda para as áreas não-musicais em função da interdependência de todas as áreas do funcionamento humano.

Através do desenvolvimento da musicalidade, outras áreas podem ser desenvolvidas em função da interdependência de todas as áreas do funcionamento humano, ou seja, através da música podemos auxiliar o processo de educação e ensino, estimulação essencial, coordenação de movimentos, noção espacial, formação da identidade, organização e planejamento entre outras habilidades

As técnicas musicoterapêuticas podem ser utilizadas pelo musicoterapeuta no sentido de eliminar bloqueios e tensões psíquicas que funcionam como barreiras para o educando aprender, assim facilitando o futuro aprendizado de um instrumento musical.

Segundo o modelo Nordoff-Robbins toda criança possui a condition child (Criança-condição). elas possuem a music child (criança-música), que está preservada e pode ser atingida pela música Quando a music child é atingida, a criança se desenvolve musicalmente, ou seja, ela amplia sua criatividade musical (musicalidade).

Como é o processo de musicoterapia da educação;

|O trabalho é desenvolvido em grupo, uma ou duas vezes por semana, de 30 a 50 min por atividade, com objetivos específicos, o foco principal é potencializar a aprendizagem nas áreas educacionais e sociais. São utilizados os parâmetros sonoros:

 Altura – é a possibilidade do som ser grave ou agudo.

Duração – é a possibilidade do som ser curto ou longo

Intensidade – é a possibilidade do som ser forte ou fraco.

e  os elementos da música:

Ritmo – organização no tempo/espaço. É o elemento que nos dá a duração exata da emissão de cada som, é ordem no movimento.

Melodia –  sons executados sucessivamente, atividade expressiva

Harmonia – sons executados simultaneamente. Interpessoal.

Timbre – é a qualidade do som, os diferentes sons que o ouvido pode reconhecer e identificar aqui se encaixam

Pulsação – movimento rítmico regular que ocorre sucessivamente. Pode ser lento ou rápido

E ainda os instrumentos de banda rítmica. As atividades propostas são embasadas em jogos e brincadeiras musicais, canções infantis, folclóricas e do universo sonoro da criança.

O diferencial é o olhar do musicoterapeuta no contexto sonoro musical, a música no processo musicoterapeutico. Os aspectos obervados são:

– Ritmo: organização no tempo/espaço

– Melodia: atividade expressiva

– Harmonia: interpessoal

– Timbre: identidade e personalidade

– Forma: leis, estrutura social

Benefícios que a Musicoterapia na educação pode promover:

Os impulsos internos são transformados em ação, tornando-se, portanto, acessíveis à consciência;

Autoconhecimento, pode aprender a livrar-se do medo e da inibição

Estimular a comunicação (verbal e não verbal);
Estimular a expressão corporal, vocal e sonora (através de instrumentos musicais, dança e canto);
Melhorar a auto-estima e autoconfiança;
Explorar as potencialidades e a conscientização dos próprios limites;
Estimular a coordenação motora grossa e fina através de atividades musicais, utilizando instrumentos musicais de percussão simples;
Melhora da orientação espacial e corporal através de vivências musicais; Expandir a capacidade de atenção e concentração;
Estimular a imaginação e criatividade;

Exercitar a memória;
Promover um melhor relacionamento intra e interpessoal.

Para você saber mais, ou ainda contratar os serviços de musicoterapia na educação, capacitações, workshops e palestras entre em contato.

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